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[QUADRINHOS] INTERVIEW WITH THE VAMPIRE (1991 - 1994)

sexta-feira, 5 de agosto de 2022.


       Publicada pela Innovation Comics, Interview with the vampire foi a primeira transposição do romance homônimo de Anne Rice para outra mídia. Trata-se de uma adaptação da obra integral, diferenciando-se, portanto, de Entrevista com o vampiro: A história de Cláudia. Foi dividida em 12 edições publicadas entre agosto de 1991 e janeiro de 1994, de acordo com o Mycomicshop.com. O site também registra a periodicidade da publicação (que oscilava entre bimestral e trimestral) e um resumo de cada edição. 

    O roteiro da adaptação em quadrinhos foi escrito por Cynthy J. Wood e Faye Perozich, com as artes de Joseph Phillips, Chris Moeller, Daerick Gross e Alexander Jubran. Sinceramente, todos são nomes desconhecidos por este que vos fala, mas o trabalho dessa equipe foi bastante satisfatório neste trabalho, especialmente se levarmos em conta que a publicação foi concluída antes do lançamento do filme de Neil Jordan, também de 1994, mas que só estreou no final daquele ano.

Infelizmente, esses quadrinhos não foram publicados no Brasil; aliás, há quem nem saiba de sua existência. Então, para dar um aperitivo aos fãs de Anne Rice, fiz uma tradução amadora da primeira edição da publicação, disponível NESTE LINK. Para visualizar o arquivo, basta digitar a senha sangueantigo (assim mesmo, tudo junto e minúsculo). Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo insubstituível original em inglês, pode acessar todas as doze edições online AQUI.


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[FILME] 2019: O ANO DA EXTINÇÃO (Daybreakers, 2010)

terça-feira, 31 de dezembro de 2019.
Em um futuro alarmantemente próximo, os vampiros saíram das sombras e vivem abertamente na sociedade antes dominada pelos seres humanos. Porém, longe de estabelecer uma coexistência mais ou menos pacífica na busca de direitos civis básicos, como proposto na série True Blood, aqui os vampiros optaram por seguir sua natureza predatória, como em The Strain, estabelecendo-se no topo da cadeia alimentar e tratando os humanos como mero gado.
Quase dez anos depois do início da epidemia vampírica, estamos em 2019 e é aqui que o subtítulo nacional se explica: devido à excessiva caça e exploração dos seres humanos em indústrias de drenagem e processamento de sangue em larga escala, a população humana da Terra se reduziu tão drasticamente que está a ponto de se extinguir, o que, consequentemente, também significa a extinção dos vampiros por falta de alimento. O tempo é curto e a necessidade por mais sangue é urgente, pois a falta dele provoca mutações grotescas nos vampiros, transformando-os numa subespécie animalesca e irracional. Para tentar reverter este problema, empresas como a de Charles Bromley (Sam Neill) trabalham no desenvolvimento de um sangue sintético que possa suprir as necessidades vampíricas (ao menos por tempo suficiente para que a humanidade se reproduza até voltar a ser o prato principal e genuíno). Entre os cientistas que trabalham incansavelmente na criação deste sangue artificial está Edward Dalton (Ethan Hawke), hematologista e vampiro “abstêmio” que está mais preocupado em salvar os últimos seres humanos do que atender à sede da sua raça. Ao se deparar com um pequeno grupo de humanos fugitivos, Edward descobre a possibilidade de uma solução para o problema vampírico que pode ser muito mais eficaz que o sangue sintético (cuja produção, aliás, tem fracassado até então).
          Dos filmes que surgiram durante a fase dos “vampiros na moda” (2008 a 2012), 2019: O ano da extinção é o meu preferido. Acho a abordagem dos irmãos Spierig original dentro de uma temática que estava se arrastando em melosismo romântico. Neste filme há espaço para uma sátira sobre o consumismo (propaganda de tratamento clareador dental, túneis exclusivos e veículos especialmente desenvolvidos para a elite dos dentuços), crítica social e, de forma análoga, ainda denuncia o predatismo humano sobre os animais.
Nos aspectos visuais este filme também me agradou muito por terem optado pelo gore prático nos momentos sangrentos (porque CGI em filme de vampiros é broxante). A representação dos vampiros é bem básica: olhos dourados e presas salientes permanentemente. Porém, a maquiagem dos vampiros mutantes merece destaque: parecem monstros saídos da cabeça do Guillermo del Toro. Outro ponto que achei interessante foi a “desglamourização” dos vampiros, ao representá-los sem os poderes de super-heróis comumente associados a eles: neste filme eles não voam, não têm super força e nem super velocidade. De vampiros Marvel basta o Blade. 

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[SÉRIE] WHAT WE DO IN THE SHADOWS (2019)

sábado, 9 de novembro de 2019.


Esta série é creditada como baseada no filme What we do in the shadows, de 2014, mas não é um remake ou versão estendida da obra original, como acontece na série From dusk till dawn, que é baseada no filme de Robert Rodriguez. Na verdade, What we do in the shadows é uma releitura da temática e dos conceitos do filme, mas traz uma história nova e independente que pode ser vista sem vínculo com ele.
Criada por Jemaine Clement (que atuou e foi um dos roteiristas do filme original), a série preserva a estrutura de pseudodocumentário ao acompanhar o cotidiano de quatro vampiros que dividem a mesma casa em Staten Island – um bairro nova-iorquino – nos dias atuais. Com uso constante do humor negro, a série mostra as aventuras e, principalmente, os problemas de ser vampiro em pleno século XXI. As “vidas” desses vampiros ficam ainda mais complicadas com a chegada do Barão Afanas (Doug Jones), um poderoso vampiro ancião que se hospeda na casa deles.
             Os personagens de What we do in thed shadows satirizam elementos clássicos das histórias de vampiro: (pan)sexualidade, reencarnação, criação de “prole”, hierarquia vampírica, rivalidade com lobisomens, etc. Nesse quesito a série expande o universo do filme, explorando os dramas de cada personagem.
          Nandor (Kayvan Novak), que se considera o líder do grupo, é uma paródia do vampiro guerreiro “histórico”, Vlad Tepes (que inspirou o Drácula de Bram Stoker). No grupo ele também é o mais desajustado aos tempos modernos, tendo problemas que vão desde a incompreensão da tecnologia até aspectos burocráticos como obter cidadania americana. Por isso ele não abre mão da ajuda de seu servo humano Guillermo (Harvey Guillén), cujo maior desejo é se tornar um vampiro também.
               Laszlo (Matt Berry) é uma paródia da pansexualidade vampírica. No passado ele aproveitou seus dotes para fazer sucesso no mercado pornô gótico, mas é casado com Nadja (Natasia Demetriou), a vampira que o transformou e que faz parte do grupo agora. Nadja, por sua vez, encarna o viés sentimental do vampirismo, sempre em busca de seu amante humano, morto há séculos, mas que reencarna de tempos em tempos.
              Por fim, há Colin Robinson (Mark Proksch), um vampiro de energia: ele pode andar durante o dia e não tem presas e nem se alimenta de sangue. Ele é basicamente um humano que suga a energia das pessoas – e de outros vampiros – entediando-os com sua presença e conversa insuportavelmente maçantes. Com exceção dele, os vampiros apresentados na série têm as características genéricas e clássicas: podem se transformar em morcego, levitar, têm intolerância a símbolos cristãos e à luz solar, dormem em caixões, etc.
          Repleta de referências culturais ao universo vampírico, acredito que o ponto alto desta 1ª temporada seja o sétimo episódio, que faz uma ótima homenagem a algumas das produções mais famosas do gênero, de Blade a True Blood. No mais, é uma série deliciosa de acompanhar; composta de apenas 10 episódios com duração média de 20 minutos cada, é a melhor estreia do ano para os amantes dos dentuços. Já foi confirmada uma 2ª temporada prevista para 2020.


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[SÉRIE] DRÁCULA (Dracula, 2013)

domingo, 6 de outubro de 2019.
Apesar de se passar no mesmo local e época do romance gótico de Bram Stoker (Londres, no final do século XIX), esta versão de Drácula não é uma adaptação do livro clássico. De maneira similar a Penny Dreadful, esta série criada por Cole Haddon para a NBC utiliza personagens e situações do livro e as reformula para criar algo notavelmente diferente, inclusive invertendo certas perspectivas convencionais da história original.
A trama começa em 1881, com Van Helsing (Thomas Kretschmann) adentrando no túmulo de Drácula (Jonathan Rhys Meyers), na Romênia, onde o vampiro está aprisionado num estado mumificado. Porém, ao invés de destruí-lo, Van Helsing deliberadamente o desperta, com a intenção de se associar a ele na execução de um plano de vingança contra um inimigo em comum. Há um avanço de quinze anos e somos transportados para Londres, onde um “novo rico” americano de nome Alexander Grayson acaba de chegar disposto a causar uma revolução na sociedade e no mercado com seu inovador empreendimento tecnológico. Grayson é ninguém menos que o próprio Drácula, e seus negócios em Londres são apenas parte do seu objetivo principal: destruir a Ordem do Dragão – uma sociedade secreta formada por empresários e outros membros da elite britânica que controlam a economia. Porém, assim como Grayson, a Ordem tem outra função: através dos séculos eles combatem heresias, o que inclui destruir vampiros com uma equipe altamente treinada de caçadores e videntes (pessoas com a habilidade extra-sensorial de localizá-los telepaticamente).
Nesta versão da história, Drácula pode ser considerado, à sua maneira, o “mocinho” da história, ficando para os membros da Ordem do Dragão, principalmente seu líder, Mr. Browning (Ben Miles), o papel dos vilões. Em sua vida humana, Drácula teve sua esposa capturada e queimada como feiticeira pela Ordem, sendo ele também preso, torturado e amaldiçoado, tornando-se o primeiro vampiro. Nesse episódio trágico da vida do personagem, e também pelo fato de a esposa de Drácula ter reencarnado nos dias “atuais” na pele de Mina Murray (Jessica De Gouw), a série lembra o filme de Francis Ford Coppola, assim como a obsessão romântica do vampiro por ela.
Para levar a cabo sua vingança contra aqueles que destruíram sua vida e o tornaram o senhor das trevas, Drácula conta com a ajuda de Van Helsing, que compartilha do mesmo ódio pela Ordem, pois sua família também foi exterminada por eles. Através de seus conhecimentos científicos, Van Helsing desenvolve um procedimento que permite a Drácula andar ao sol, embora por tempo limitado. Assim, ele não só consegue desviar de si as suspeitas de ser um vampiro como também desenvolve um perigoso jogo de sedução e manipulação com Lady Jane (Victoria Smurfit), a melhor caçadora e braço direito de Mr. Browning. A propósito, esta série combina muito bem elementos eróticos e sangrentos; mesmo sendo mais light do que Penny Dreadful, ela explora bem o teor sexual dos personagens (inclusive apresentando momentos homoeróticos) e o horror explícito em cenas intensas onde o sangue jorra com gosto.
Embora tenha sido cancelada após a primeira temporada, a história proposta foi bem contada e o final foi quase totalmente amarrado. Os principais conflitos desenvolvidos foram resolvidos no último episódio (foram 10, no total), alguns personagens tiveram sucesso em seus planos, outros encontraram a morte inevitável, outros tiveram uma guinada no que acreditavam... A última cena deixa uma ponta solta para continuação, mas francamente não acho que precisaria render mais uma temporada; creio que mais dois episódios seriam o bastante para resolver tudo e encerrar definitivamente esse Drácula.


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[FILME] VAN HELSING: O CAÇADOR DE MONSTROS (Van Helsing, 2004)

sexta-feira, 13 de setembro de 2019.

Uma multidão enfurecida, armada com foices e tochas, dirige-se ao castelo de Victor Frankenstein (Samuel West), que a essa altura vibra de felicidade por ter conseguido dar vida à sua criatura abominável. Entretanto, a alegria de Victor dura pouco, pois ali está ninguém menos que Drácula (Richard Roxburgh), que financiou as experiências do cientista e tem intenções pouco humanitárias para a criatura. O conde vampiro pretende usar o monstro de Frankenstein como “bateria” para dar vida a sua numerosa prole de sanguessugas alados em miniatura. Para impedir que este plano grotesco tenha êxito, entra em cena Van Helsing (Hugh Jackman), um experiente caçador de monstros incumbido pelo Vaticano de eliminar as ameaças sobrenaturais que assolam o mundo. Acompanhado do seu fiel escudeiro, frade Carl (David Wenham), Van Helsing parte para a Transilvânia, onde se reúne a Anna Valerious (Kate Beckinsale), descendente de uma antiga família amaldiçoada pela existência de Drácula.
Esta é, em resumo, a trama de Van Helsing, filme que não é exatamente sobre vampiros, mas que os coloca como elemento central numa verdadeira salada de referências aos antigos filmes de monstros da Universal. Aqui há espaço não só para Drácula e Frankenstein, mas também para lobisomens e até mesmo Jekyll/Hyde do clássico O médico e o monstro.
Nos quesitos técnicos, Van Helsing é um filme que não decepciona: fotografia, figurinos, maquiagem e efeitos especiais são realmente dignos de uma superprodução. O problema, na minha opinião, é que toda essa beleza visual cobrou um alto preço: história. A direção e roteiro são de Stephen Sommers, o mesmo responsável pelos dois primeiros filmes da trilogia A Múmia (1999 e 2001). Porém, considero aqueles filmes muito mais sólidos, originais e interessantes, principalmente porque as histórias são bem amarradas – o que eu acho o mais importante em qualquer trama de aventura com elementos de fantasia.
O roteiro de Van Helsing é frágil e cheio de furos, desde as motivações de Drácula até a resolução do grande enigma sobre a localização de seu esconderijo e a forma de destruí-lo. Além disso, o filme apresenta algumas caracterizações de gosto duvidoso, como o Mr. Hyde parecendo o incrível Hulk, o Drácula muito afetado e – o único grande erro do CG – a versão monstruosa dele que aparece no confronto final do filme. Aquele morcegão ficou mais tosco do que o Escorpião Rei que desperta no fim de O retorno da Múmia. O próprio Van Helsing não tem nada daquele velhinho altamente instruído nas ciências ocultas que aparece no livro de Bram Stoker; contudo, isso é perdoável, já que aqui ele nem se chama Abraham, mas Gabriel, algo que pode ser considerado uma saída criativa do diretor e roteirista para a reinvenção do personagem. Seja como for, o fato é que este não é um dos filmes que apresentam Drácula em sua melhor forma.

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[SÉRIE] FROM DUSK TILL DAWN: The Series (2014 - 2016)

sábado, 6 de julho de 2019.

Desenvolvida por Robert Rodriguez (diretor do filme de 1996 comentado AQUI) From Dusk Till Dawn: The Series estreou em março de 2014 e teve 3 temporadas, distribuídas no Brasil pela Netflix – embora não seja uma produção original da plataforma. A primeira temporada é basicamente um remake do filme, apresentando mais detalhadamente os eventos ocorridos desde a perseguição da polícia aos irmãos Gecko até o sequestro dos Fuller e, finalmente, a luta pela sobrevivência no Titty Twister. Também são introduzidos novos personagens, que ganham bastante destaque nas temporadas seguintes, em especial Freddie (Jesse Garcia), um policial que está sempre na cola dos Gecko, e Carlos (Wilmer Valderrama), um dos vilões principais até a segunda temporada. Protagonizando a série estão D.J. Cotrona como Seth e Zane Holtz como Richie (papéis que pertenciam respectivamente a George Clooney e Quentin Tarantino no filme). As personalidades dos dois foram muito bem trabalhadas na série: Seth sendo o irmão cínico e prático, enquanto Richie é perigosamente instável, literalmente perturbado por seus demônios interiores.
         Quem já assistiu à trilogia sabe que as sequências não têm ligação com o filme original: o segundo porque o ignora e é quase um reboot; o terceiro porque é uma prequela, narrando a origem de Santanico um século antes da história do primeiro filme. A série, por sua vez, segue seu próprio caminho. O final da primeira temporada é diferente do mostrado no filme, com Richie e Santanico vivos, tornando-se personagens fundamentais na trama das próximas temporadas.
           Um aspecto muito chamativo na série é que ela desenvolve uma mitologia mais rica sobre os “vampiros-répteis” (aqui chamados culebras), deuses, demônios e outras entidades que povoam esse universo baseado nas crenças astecas. A propósito, a origem de Santanico (Eiza González) é diferente da apresentada em Um drink no inferno 3: A filha do carrasco, mas pessoalmente achei mais condizente com o contexto da mitologia.
          O visual dos vampiros na série é outro acerto, mais orgânica e “limpa” do que a do filme, combinando bem efeitos digitais (com direito a presas retráteis como em True Blood) e maquiagem prática. Outra coisa interessante é que a série traz algumas participações especiais de atores da trilogia (em outros papéis): Robert Patrick, que interpreta Jacob Fuller, foi um dos membros da quadrilha (e posteriormente mocinho) de Um drink no inferno 2: Texas sangrento. Danny Trejo aparece na 2ª temporada como Regulator, um vilão barra pesada; nos filmes ele era o bartender do Titty Twister. E Tom Savini, que era o icônico “Sex Machine” no primeiro filme, aparece na 3ª temporada da série como Burt, uma espécie de caçador de demônios aposentado.
          No final das contas, embora eu prefira o filme Um drink no inferno como produção única, acho que a série funciona bem melhor do que a trilogia. Os efeitos visuais são muito bons, há ótimas sequências de ação e momentos sanguinolentos que são puro deleite no melhor estilo trash.


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[LISTA] 3 NOVAS SÉRIES DE VAMPIROS

quarta-feira, 22 de maio de 2019.

Estão listadas aqui as três séries vampirescas mais recentes de que tenho notícia, lançadas neste ano até a data desta publicação.

1. THE PASSAGE

Baseada na trilogia best-seller de mesmo nome escrita por Justin Cronin, esta série tem o dedo de Ridley Scott, Matt Reeves e do próprio autor como produtor. A produção lembra The Strain (também baseada numa trilogia literária) por ter uma abordagem mais científica para o vampirismo e a consequente “praga” de sanguessugas que se alastra pelo mundo. Porém, enquanto em The Strain ainda há alguns elementos mitológicos (como a origem dos primeiros vampiros e suas fraquezas), em The Passage o vampirismo é consequência de um experimento militar secreto do governo americano que sai do controle e se transforma num desastre global.
Basicamente a primeira temporada acompanha o agente Brad Wolgast (Mark-Paul Gosselaar) em sua missão de proteger Amy (Saniyya Sidney), uma menina órfã escolhida para ser a cobaia do experimento. Essa temporada ficou mais focada no desenvolvimento dramático dos personagens, deixando pouco espaço para a ação. O tal apocalipse vampírico só ocorre realmente no final da temporada e seria explorado com mais intensidade no segundo ano da série. Infelizmente, parece que a audiência não se satisfez com a demora em chegar às vias de fato, o que forçou a Fox a cancelar oficialmente a produção. Agora, quem quiser saber os rumos da trama de Cronin terá que se contentar com os livros.



2. KINGDOM

Esta série sul-coreana distribuída pela Netflix teve mais sorte que The Passage: prevista para ser uma minissérie de 6 episódios, foi tão bem aceita por público e crítica que uma segunda temporada já foi confirmada. A trama medieval mistura elementos históricos e fantásticos para contar a história de um reino assolado por uma estranha praga que transforma as pessoas em monstros sanguinários. Enquanto o príncipe herdeiro do trono investiga tal praga e sua relação com o rei – que adoeceu misteriosamente do mesmo mal –, precisa lidar com toda uma intriga de conspirações, traições políticas e ambições que estão fervilhando no reino, ameaçando a própria sucessão real.
Em relação aos vampiros desta série, há certa controvérsia em classificá-los como tal, pois embora sejam sedentos por sangue e sensíveis à luz solar, suas demais características são mais próximas dos zumbis, como a selvageria, a forma como se movem e se comportam, sua aparência putrefata, etc. Há até quem prefira considerá-los “híbridos”, batizando-os como zumbiros!  



3. IMMORTALS

Esta série chegou à Netflix oficialmente em 2019, mas já fazia parte de um canal do YouTube no ano passado. Trata-se de uma produção turca que provavelmente agradará os fãs órfãos de The Vampire Diaries, pois segue a fórmula das séries teen do gênero. Sendo bem franco, das 3 séries listadas aqui esta foi a única de que não gostei e justamente por esse motivo.
A trama acompanha a vampira Mia (Elçin Sangu) em sua busca por vingança contra Dimitri (Kerem Bürsin), o vampiro que a transformou contra sua vontade. Ao mesmo tempo que sonha em voltar a ser humana, Mia pretende impedir que Dimitri obtenha uma relíquia cujos poderes podem torná-lo invulnerável. É claro que nesse jogo de gato e rato muitos sentimentos conflitantes de amor e ódio afloram. Como dá para notar, não é uma série que se destaque por originalidade, mas pode valer a pena pela ambientação exótica em Istambul. Ainda não há confirmação sobre uma possível segunda temporada.

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[QUADRINHOS] INTERVIEW WITH THE VAMPIRE (1991 - 1994)

         Publicada pela Innovation Comics, Interview with the vampire foi a primeira transposição do romance homônimo de Anne Rice para out...