Uma seleção de algumas das continuações mais descartáveis do cinema, seja porque os filmes originais não precisavam de sequências, seja porque mereciam coisa bem melhor.
1. A RAINHA DOS CONDENADOS (Queen of the Damned, 2002)
Direção: Michael Rymer
Para começar, um filme que já está na lista 10 filmes de vampiro para morrer antes de ver.
De longe o pior desta lista, particularmente considero esta a pior sequência/adaptação que já vi. Diferente do primor com
que Anne Rice e Neil Jordan levaram às telas a adaptação de Entrevista com o vampiro, esta
sequência já começa errando ao tentar adaptar os dois livros seguintes das Crônicas
Vampirescas (O vampiro Lestat e A Rainha dos Condenados, ambos bastante longos) num filme de pouco mais de uma hora e meia. O resultado é deplorável. A única coisa que se salva é a trilha
sonora.
2. UM
DRINK NO INFERNO 2: TEXAS SANGRENTO (From Dusk Till Dawn 2: Texas Bloody Money,
1999)
Direção: Scott Spiegel
O filme original até deixa pontas soltas para uma
sequência, mas este filme não se preocupa em amarrá-las; na verdade, o único
vínculo com o filme anterior é uma cena no Titty Twister, onde ocorre um novo
ataque de vampiros a uma quadrilha. E ainda assim é uma cena sem noção, já que
é “coordenada” pelo vampiro-barman interpretado por Danny Trejo (e que morreu
no filme original). Outra incoerência é que desconsideraram a mitologia criada
no anterior, onde os vampiros eram meio reptilianos; aqui eles têm a aparência "normal" dos de Os garotos perdidos.
3. GAROTOS PERDIDOS 2: A TRIBO (Lost Boys 2: The Tribe,
2008)
Direção: P. J. Pesce
Uma continuação que leva quase vinte anos para ser lançada
já diz muito sobre si mesma. Para tentar compensar a falta de carisma dos
personagens (inclusive do único remanescente do filme original, Edgar Frog), a
produção exagera na sexualização e só se lembra do derramamento de sangue
quando já se passaram 2/3 da duração.
4. BLADE TRINITY (2004)
Direção: David S. Goyer
O primeiro Blade é um bom filme, mas Guillermo Del
Toro conseguiu a proeza de realizar uma sequência excelente; já David S. Goyer
deu com os burros n’água e fechou a trilogia de forma precária. O maior
problema aqui é o roteiro fraco cheio de clichês, com personagens mal
construídos e caricatos; nem mesmo o rei dos vampiros foi poupado: Drácula foi representado
com uma aparência de cantor latino. Vale, quando muito, pelas cenas de ação
pirotécnicas.
5. DRÁCULA 2: A ASCENSÃO (Dracula 2: Ascension, 2003)
Direção: Patrick Lussier
Apesar de não ter sido nenhum sucesso de crítica ou
público, achei Drácula 2000 um filme bem razoável; o mesmo não pode ser dito
desta sequência horrenda. O roteiro tem tantas falhas e absurdos, o andamento é
tão arrastado e os personagens são tão patéticos (inclusive o Drácula oxigenado
da vez) que é um tormento assisti-lo até o final. Pelo menos tem o “mérito” de
ser curto.