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[LISTA] 10 COMÉDIAS COM VAMPIROS

segunda-feira, 20 de agosto de 2018.

Não só de horror e violência vive o cinema vampiresco. Nesta lista estão reunidas, em ordem cronológica, dez produções de diferentes épocas e com diferentes estilos que abordam o tema através da comédia. Alguns dos filmes têm um humor mais sutil, enquanto outros têm um tom satírico mais escrachado.



1. A DANÇA DOS VAMPIROS 
(The fearless vampire killers, 1967)
Direção: Roman Polanski

Neste filme o próprio Polanski (que mais tarde se tornaria célebre por clássicos como O bebê de Rosemary e O pianista) além de dirigir, atua como o jovem e inseguro discípulo de um professor universitário meio biruta que se considera especialista em vampiros. Os dois decidem fazer uma “pesquisa de campo” na Transilvânia e, evidentemente, não demora para eles se meterem em confusão ao se deparar com o temível Conde von Krolock (Ferdy Mayne). O filme é uma paródia dos antigos filmes de vampiros, como os protagonizados por Christopher Lee; além disso, tem a ousadia de introduzir o primeiro vampiro abertamente gay do cinema: Herbert (Iain Quarrier), filho do Conde.


2. AMOR À PRIMEIRA MORDIDA
(Love at first bite, 1979)
Direção: Stan Dragoti

Depois de vários séculos “vivendo” nas trevas da Transilvânia, o Conde Vladimir Drácula (George Hamilton) é despejado de seu castelo pelo governo e indignado, decide ir para Nova York, à procura de seu grande amor: uma top model que ele acredita ser a reencarnação de sua amada de eras passadas. 
George Hamilton está ótimo no papel de um Drácula canastrão, charmoso e apaixonado, desacostumado com os avanços do mundo moderno. Com seu fiel e atrapalhado servo, Renfield (Arte Johnson), essa dupla se envolve em situações hilárias, sobretudo ao enfrentar o obstinado descendente de Van Helsing, noivo da moça cobiçada pelo Conde.


3. PROCURA-SE RAPAZ VIRGEM
(Once bitten, 1985)
Direção: Howard Storm

Este filme é bem a cara dos anos 80 e é impossível não se deixar levar pela música-tema de mesmo nome, do 3-Speed. Apresentando Jim Carrey no começo da carreira, mas com uma ótima atuação, a história gira em torno de uma vampira de 400 anos designada apenas pelo nome “Condessa” (Lauren Hutton). Para se manter jovem e bela, ela precisa realizar um ritual antes do Halloween cujo ingrediente principal é extremamente raro nos dias atuais: sangue de um rapaz virgem! Com a ajuda de seu fiel mordomo (que “saiu do armário” há séculos, mas que de vez em quando entra no da Condessa para experimentar suas roupas de grife), a vampira passa a perseguir Mark (o personagem de Carrey), que, por sua vez, está ansioso para perder a virgindade com sua namorada.


4. VAMP: A NOITE DOS VAMPIROS

(Vamp, 1986)
Direção: Richard Werk

Em muitos aspectos este filme lembra A hora do espanto, possuindo também ideias que evidentemente inspirariam Um drink no inferno uma década depois. É uma mistura de terror adolescente e comédia em torno de alguns jovens que para provarem ser dignos e populares o bastante para fazer parte de uma república de estudantes, precisam realizar uma "missão" num clube de strip-tease. Porém, o que parecia uma noite de diversão excitante logo muda de figura quando os jovens conhecem a exótica dançarina Katrina (Grace Jones), que é, na verdade, a líder de um bando de vampiros que usa o clube como isca para suas vítimas.


5. MEU DOCE VAMPIRO
(My best friend is a vampire, 1987)
Direção: Jimmy Huston

Assim como Procura-se rapaz virgem, este filme reflete bem a década de 1980, sendo ainda mais light e tendo cara de Sessão da Tarde. Na trama, o adolescente Jeremy (Robert Sean Leonard) é mordido por uma vampira e começa a se transformar. Obviamente, ele enfrenta sérias dificuldades para se adaptar a esse novo “estilo de vida”, lidar com os pais e tentar engatar um novo romance. A princípio relutante, ele conta com a ajuda de um vampiro ancião “bondoso”, que lhe orienta a pôr em prática uma perspectiva vampírica alternativa. Porém, novas dificuldades surgem quando um caçador de vampiros totalmente pirado passa a persegui-lo com suas estacas de madeira e balas de prata.

6. BUFFY: A CAÇA-VAMPIROS
(Buffy: The vampire slayer, 1992)
Direção: Fran Rubel Kuzui

Este filme não foi recebido com entusiasmo pelo público e a crítica, mas serviu de base para que, ainda no final da década de 90, Joss Whedon (o roteirista) criasse uma das séries de TV mais queridas de todos os tempos (já comentada AQUI). Kristy Swanson interpreta Buffy, a típica garota fútil que faz parte de um grupo de patricinhas (destaque para Hilary Swank no papel que certamente inspirou a Cordelia da série). De uma hora para a outra, Buffy descobre que tem habilidades especiais e que está predestinada a enfrentar os vampiros que estão infestando a cidade. Com a a orientação de Merrick (Donald Sutherland), ela recebe treinamento para finalmente lidar com Lothos (Rutger Hauer), o líder dos sanguessugas.


7. DRÁCULA: MORTO, MAS FELIZ
(Dracula: Dead and loving it, 1995)
Direção: Mel Brooks

Basicamente uma paródia escrachada dos filmes sobre Drácula, especialmente do “recente” (para a época) realizado por Coppola, esta produção não conhece o significado da palavra sutileza. O maior destaque aqui é, obviamente, Leslie Nielsen como o famoso –  e atrapalhado –  Conde Drácula; por mais pastelão que o filme seja, o ator consegue arrancar boas risadas, principalmente nos embates com Van Helsing (Mel Brooks). Como no filme Amor à primeira mordida, Drácula conta com a ajuda (que mais atrapalha do que é útil) de Renfield (Peter MacNicol) para pôr em execução seus planos tresloucados de sedução, que se reduzem a fracassos sucessivos.

8. A LIGA CONTRA O MAL
(Chin Gei Bin / The Twins Effect, 2003)
Direção: Dante Lam & Donnie Yen

Este filme se diferencia dos demais desta lista de forma inovadora: primeiro, porque se passa na Ásia, especificamente em Hong-Kong, onde ocorre secretamente um constante conflito entre “etnias” de vampiros. Em segundo lugar, a produção não se encaixa simplesmente no gênero comédia: ele mistura humor, ação, terror e romance, indo de cenas tipicamente escrachadas até ótimas sequências de artes marciais, como a que abre o filme. Na história, Kazaf (Edison Chen) é o último de cinco príncipes vampiros perseguidos e destruídos pelo Duque Dekotes (Mickey Hardt), que está prestes a se apossar de um talismã que possibilitará que ele se torne imune à luz solar. Para impedir Dekotes, entram em cena um casal de caçadores de vampiros e a namorada de Kazaf. Destaque para a participação de Jackie Chan.



9. TRANSYLMANIA: UMA UNIVERSIDADE DE ARREPIAR
(Transylmania, 2009)
Direção: David & Scott Hillenbrand

Basicamente um American Pie com vampiros, este filme não agradará quem esperar humor sutil ou roteiro inteligente. A história é absurda e repleta de alusões sexuais banalizadas. Um grupo de estudantes (com todos os estereótipos de estupidez, vício em drogas e sexo) decide cursar um semestre na Universidade de Razvan, na Romênia e acabam caindo nas mãos (e dentes) dos vampiros que habitam a região. Aqui tem um vampiro antigo procurando quebrar um feitiço lançado em sua amada bruxa, um sósia humano azarado desse vampiro, um reitor suspeito com um segredo tão absurdo quanto macabro, no estilo Frankenstein... enfim, é um disparate atrás do outro.


10. GUERRA DOS MONSTROS
(Freaks of nature, 2015)
Direção: Robbie Pickering

Quase tão apelativo quanto Transylmania, este filme consegue ainda assim apresentar algumas ideias interessantes. O título nacional sugere o que ele de fato é: uma paródia parcial de Guerra dos mundos. Na história, a sociedade está organizada numa pirâmide de três camadas onde os seres humanos ocupam a porção central, acima dos zumbis e abaixo dos vampiros. Separados por suas "castas", essas criaturas manifestam preconceito pelos que estão abaixo de sua classe, mas precisarão se unir para enfrentar uma ameaça alienígena que chega à Terra. É um filme bem trash, sangrento e absurdo, mas achei original.

2 comentários:

Unknown disse...

Otimas dicas, vou pesquisar os que ainda nao assisti.

Fábio TB disse...

Que bom!Desde já, desejo-lhe boas risadas!

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