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[SÉRIE] FROM DUSK TILL DAWN: The Series (2014 - 2016)

sábado, 6 de julho de 2019.

Desenvolvida por Robert Rodriguez (diretor do filme de 1996 comentado AQUI) From Dusk Till Dawn: The Series estreou em março de 2014 e teve 3 temporadas, distribuídas no Brasil pela Netflix – embora não seja uma produção original da plataforma. A primeira temporada é basicamente um remake do filme, apresentando mais detalhadamente os eventos ocorridos desde a perseguição da polícia aos irmãos Gecko até o sequestro dos Fuller e, finalmente, a luta pela sobrevivência no Titty Twister. Também são introduzidos novos personagens, que ganham bastante destaque nas temporadas seguintes, em especial Freddie (Jesse Garcia), um policial que está sempre na cola dos Gecko, e Carlos (Wilmer Valderrama), um dos vilões principais até a segunda temporada. Protagonizando a série estão D.J. Cotrona como Seth e Zane Holtz como Richie (papéis que pertenciam respectivamente a George Clooney e Quentin Tarantino no filme). As personalidades dos dois foram muito bem trabalhadas na série: Seth sendo o irmão cínico e prático, enquanto Richie é perigosamente instável, literalmente perturbado por seus demônios interiores.
         Quem já assistiu à trilogia sabe que as sequências não têm ligação com o filme original: o segundo porque o ignora e é quase um reboot; o terceiro porque é uma prequela, narrando a origem de Santanico um século antes da história do primeiro filme. A série, por sua vez, segue seu próprio caminho. O final da primeira temporada é diferente do mostrado no filme, com Richie e Santanico vivos, tornando-se personagens fundamentais na trama das próximas temporadas.
           Um aspecto muito chamativo na série é que ela desenvolve uma mitologia mais rica sobre os “vampiros-répteis” (aqui chamados culebras), deuses, demônios e outras entidades que povoam esse universo baseado nas crenças astecas. A propósito, a origem de Santanico (Eiza González) é diferente da apresentada em Um drink no inferno 3: A filha do carrasco, mas pessoalmente achei mais condizente com o contexto da mitologia.
          O visual dos vampiros na série é outro acerto, mais orgânica e “limpa” do que a do filme, combinando bem efeitos digitais (com direito a presas retráteis como em True Blood) e maquiagem prática. Outra coisa interessante é que a série traz algumas participações especiais de atores da trilogia (em outros papéis): Robert Patrick, que interpreta Jacob Fuller, foi um dos membros da quadrilha (e posteriormente mocinho) de Um drink no inferno 2: Texas sangrento. Danny Trejo aparece na 2ª temporada como Regulator, um vilão barra pesada; nos filmes ele era o bartender do Titty Twister. E Tom Savini, que era o icônico “Sex Machine” no primeiro filme, aparece na 3ª temporada da série como Burt, uma espécie de caçador de demônios aposentado.
          No final das contas, embora eu prefira o filme Um drink no inferno como produção única, acho que a série funciona bem melhor do que a trilogia. Os efeitos visuais são muito bons, há ótimas sequências de ação e momentos sanguinolentos que são puro deleite no melhor estilo trash.


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