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[LISTA] 10 ADAPTAÇÕES DE DRÁCULA PARA AS TELAS

sexta-feira, 29 de junho de 2018.

          Segundo o Guinness Book, Drácula é "o monstro fictício com maior número de aparições diretas e indiretas na mídia". De fato, desde quadrinhos a jogos e até telenovelas, o personagem está presente numa infinidade de produções, destacando-se o cinema, onde Drácula já foi personagem de mais de duzentos filmes. Entretanto, a maioria desses filmes utiliza o personagem de forma “livre”, ou seja, sem preocupação em preservar o contexto, a ambientação, a época ou os demais personagens do livro de Bram Stoker.
          Porém, mesmo em menor quantidade, existem alguns filmes que se esforçam por seguir o romance (com maior ou menor nível de fidelidade, evidentemente). Esta lista reúne dez produções  do cinema e da televisão que procuram manter a atmosfera e o roteiro do clássico de Stoker. Em alguns casos, a história é bastante fiel ao material original; em outros, o roteiro é apenas parcialmente inspirado no livro.




1. NOSFERATU: UMA SINFONIA DE HORROR
(Nosferatu: Eine Symphonie Des Grauens, 1922)
Direção: F. W. Murnau

Primeira adaptação de Drácula, já foi comentada AQUI
Embora não autorizada e apesar da longínqua data da produção, é um das melhores adaptações do livro, além de uma das melhores representações do vampiro.









2. DRÁCULA
(Dracula, 1931)
Direção: Tod Browning

Este filme é responsável pela imagem de Drácula que se tornou icônica na cultura pop: o cabelo “boi lambeu” e a longa capa preta (elementos não citados no livro) fizeram de Bela Lugosi a primeira representação clássica do elegante conde para as telas. Essa imagem tem sido adotada pela maioria das produções posteriores sobre Drácula, de filmes a desenhos animados.






3. HORROR DE DRÁCULA / O VAMPIRO DA NOITE
(Dracula, 1958)
Direção: Terence Fisher

Primeiro filme da longa série de produções da Hammer com Christopher Lee (tido por muitos como o melhor intérprete do personagem) no papel de Drácula.  Apesar de ter pouca coisa do livro, é considerado um dos melhores filmes de Drácula e um dos clássicos de horror dos anos 50.







4. CONDE DRÁCULA 
(Count Dracula, 1970)
Direção: Jesús Franco

Neste filme Christopher Lee retorna ao papel que lhe consagrou como um dos ícones do terror, embora esta produção não tenha nenhum vínculo com os filmes da Hammer. É um filme independente daquela saga. Aqui o roteiro é bastante fiel ao livro, se comparado com os filmes daquela produtora. Particularmente considero esse Drácula a representação mais fiel do vampiro como descrito no romance (lembraram até do bigode, para diferenciar esse Drácula dos outros filmes protagonizados por Lee). Outro ponto interessante é a presença de Klaus Kinski como Renfield; poucos anos mais tarde, Kinski faria o papel do próprio Drácula no remake de Nosferatu realizado por Herzog.


5. DRÁCULA: O DEMÔNIO DAS TREVAS
(Bram Stoker's Dracula, 1973)
Direção: Dan Curtis

Este filme é interessante porque reúne dois “peritos” em vampiros: o diretor Dan Curtis, criador da série/novela Dark shadows, muitíssimo popular nos anos 60, acompanhando os dramas do vampiro Barnabas Collins e outros seres fantásticos; e o roteirista Richard Matheson, autor de Eu sou a lenda (I am legend), clássico de terror e ficção científica de 1954, que narra um “apocalipse vampiro” resultante de uma pandemia global. Esta adaptação é a primeira a introduzir no roteiro a ideia do amor reencarnado de Drácula, inexistente no livro e posteriormente reciclada de forma mais consistente por Coppola no seu filme dos anos 90.




6. DRÁCULA
(Count Dracula, 1977)
Direção: Philip Saville

Produção da BBC (o que geralmente é sinônimo de qualidade, em se tratando de clássicos), este filme de aproximadamente 2h30min foi lançado originalmente como uma minissérie em duas partes. Afora algumas pequenas alterações (como o fato de Lucy e Mina serem irmãs, e Lucy ser noiva de Quincey, e não de Arthur), essa adaptação é satisfatoriamente fiel aos pontos principais do livro. Além disso, essa versão tem o melhor Renfield, na minha opinião; tanto fisicamente quanto na atuação, Jack Shepherd está impecável.






7. DRÁCULA
(Dracula, 1979)
Direção: John Badhham

Como o filme de 1958, este possui pouca coisa do romance. Aqui a história já começa com o naufrágio do Demeter (o navio que traz Drácula da Transilvânia para Londres). A fotografia deste filme é muito interessante, carregada de um tom sombrio e gótico, sobretudo quando se mostra Carfax Abbey (externa ou internamente). Os efeitos especiais de Drácula escalando paredes e transformando-se em morcego e lobo também são bons, considerando o orçamento limitado da produção.





8. NOSFERATU: O VAMPIRO DA NOITE
(Nosferatu: Phantom der nacht, 1979)
Direção: Werner Herzog

Embora seja basicamente um remake do Nosferatu de Murnau, esta produção tem identidade própria e merece ser conferida, tanto pela atmosfera sombria e tensa quanto pela atuação magistral de Klaus Kinski como o nefasto conde Drácula. Diferente da primeira adaptação, implicada com problemas de direitos autorais não cedidos, quando esta nova versão foi realizada o romance de Stoker já se encontrava em domínio público, o que possibilitou que os nomes originais dos personagens do livro fossem mantidos.




9. DRÁCULA DE BRAM STOKER
(Bram Stoker's Dracula, 1992)
Direção: Francis Ford Coppola

Obra-prima de Coppola, vencedora de 3 Oscars, esta adaptação foi bastante influenciada pelos conceitos e atmosfera dos filmes anteriores. O resultado é, na minha opinião, a melhor adaptação de Drácula já realizada até hoje, tanto em termos de fidelidade ao livro quanto nos aspectos técnicos: dos figurinos aos efeitos especiais, tudo é magnífico e contribui para fornecer um espetáculo gótico. Este filme merece um post só para ele.





10. DRÁCULA 3D 
(Dracula 3D, 2012)
Direção: Dario Argento

Embora seja a adaptação mais recente desta lista, é também a que apresenta mais problemas: do péssimo CG ao roteiro inconsistente, uma legião dos próprios fãs de Argento considera esta a sua pior obra. Realmente, é difícil defender algum aspecto deste filme. Vale, talvez, pela participação de Rutger Hauer (que já foi vampiro-líder em alguns filmes) como Van Helsing, embora tanto o ator quanto o personagem sejam subestimados nesta produção. Enfim, coloquei este filme aqui apenas para completar os dez.


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