O jovem Caleb (Adrian Pasdar) conhece a bela e misteriosa Mae (Jenny Wright), e acaba sendo mordido e transformado em
vampiro por ela. Logo Caleb descobre que Mae faz parte de um grupo de vampiros
errantes que atacam caroneiros e bares de beira de estrada através dos Estados
Unidos. Ele é forçado a seguir com o bando e se aproxima cada vez mais de Mae,
ao mesmo tempo em que coloca sua própria família humana em risco.
A sinopse lembra bastante Os Garotos Perdidos (The
Lost Boys), também de 1987 e, de fato, em muitos aspectos Quando chega a
escuridão (Near dark) trilha os mesmos caminhos que o filme de Joel Schumacher,
embora seja bem menos venerado e memorável do que aquele filme. Apesar disso,
esta produção vampiresca dirigida por Kathryn Bigelow vale muito a pena ser
vista e com certeza merecia um reconhecimento maior.
Na trama, conhecemos Jesse (Lance Henriksen), Homer
(Joshua Miller), Diamondback (Jenette Goldstein) e Severen (Bill Paxton), além
da própria Mae, os quais formam o bando de vampiros que Caleb passa a integrar
depois de convertido. A princípio, Caleb é hostilizado pelo resto do bando
(exceto por Mae), por ter escrúpulos e não conseguir matar seres humanos. Esses
resquícios de consciência humana de Caleb acabam colocando a existência do
grupo em grave perigo, desencadeando uma excelente sequência de bangue-bangue
quando o bando é sitiado pela polícia em seu esconderijo em pleno dia (e aqui a
luz solar tem o clássico “efeito churrasco” nos vampiros) e há uma troca de
tiros frenética.
Diferente de Os Garotos Perdidos, os vampiros de
Quando chega a escuridão são representados de forma bastante simplificada: eles
não têm presas e seus poderes se limitam à imortalidade (no sentido de serem
imunes a armas) e grande força física. Também não há qualquer referência aos
tradicionais amuletos como crucifixos, água benta e alho para repeli-los e
muito menos a velha estaca no coração. Aqui sua única fraqueza (pelo menos a
única que é comprovada), além da luz do sol, é o fogo. Isso não torna esses
vampiros menos interessantes; na verdade, dentro do contexto da história essas
características os tornam mais “orgânicos”, mais realistas, mais críveis.
Acho que não é possível falar de Quando chega a
escuridão sem destacar a magnífica performance de Bill Paxton. O vampiro
Severen (que em postura e personalidade lembra bastante o David de Os Garotos
Perdidos) é o melhor personagem do filme e rende as melhores sequências: o
massacre no bar e o confronto final com Caleb.
Misturando drama, romance, ação com uma pegada western,
boa quantidade de sangue jorrando, ótimas atuações e trilha sonora equilibrada,
repito: este filme merece ser visto.
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