“Ao ser trazida de volta á vida,
Lilith, a rainha dos vampiros, abre um bordel nos subterrâneos de uma funerária
para atrair suas vítimas, Após o desaparecimento do irmão de uma linda jovem, o
esperto detetive Rafe Guttman descobre o sangrento covil da morta-viva e
desvenda sua conexão com o pastor J. C. Current – dono de um milionário império
religioso e patrão da irmã do desaparecido.”
Assim
como o próprio título muito autoexplicativo, a sinopse deste filme já deixa
claro o quão bizarro e divertido ele é, além de resumir seu conteúdo: vampiros, sexo... e sangue em profusão.
Seguindo um molde similar ao de Um drink no inferno (também de 1996), O
bordel de sangue (Bordello of blood) se diferencia, entretanto, pela sensualidade (acentuada pelas
numerosas cenas de nudez quase sem censura) de suas sanguessugas, nesse aspecto
bem mais atraentes do que os “semi-répteis” do filme de Robert Rodriguez.
Produção derivada da clássica
série Tales from the Crypt, muito popular na década de 1990, o filme é “contado”
pelo Crypt Keeper (o boneco zumbi dos pôsteres, que introduz e comenta os
episódios). Na trama, Lilith (Angie Everhart) é despertada de um estado
mumificado por um sujeito nanico que, apesar do tamanho, não é flor que se
cheire. Munido de um talismã e mancomunado com o reverendo Current (Chris
Sarandon), eles pretendem utilizar os poderes de sedução e selvageria da rainha
vampira “a serviço de Deus”, para isso mantendo-a praticamente
presa no bordel e enviando para ela os pecadores, que geralmente são jovens a
fim de aventuras sexuais exóticas. Um desses jovens é Caleb (Corey Feldman),
que fica sabendo da existência de um bordel onde as moças “fazem coisas que nem
nome tem ainda” e vai até lá com alguns amigos e não é mais visto depois disso.
A irmã de Caleb, que é assistente de Current passa a procurar pelo irmão e contrata
o investigador Guttman (Dennis Miller), que não demora a juntar as peças.
Quem já tem alguma familiaridade
com os filmes clássicos oitentistas não vai demorar a reconhecer a coincidência
de O bordel de sangue ter dois atores conhecidos em produções marcantes
daquela época: Chris Sarandon, que foi o vampiro Jerry em A Hora do Espanto
(1985), e Corey Feldman, que foi caçador de vampiros Edgar Frog em Os garotos
perdidos (1987). Ambos estão muito bem nos novos papéis: Sarandon com seu
discurso hipócrita e fanático sobre pecado que lembra o reverendo Newlin de
True Blood, e Feldman como o adolescente rebelde que não conhece regras ou
limites.
As cenas sangrentas são grotescas,
muito bem feitas, com um ótimo trabalho de maquiagem e efeitos, o roteiro tem
seus momentos de humor negro (o personagem que “apresenta” o bordel aos jovens
desavisados é hilário) e Angie Everhart entrega uma Lilith para ninguém botar
defeito. Quer um entretenimento descompromissado, sexy e com muito gore? Pode
apostar suas fichas em O bordel de sangue. E não se esqueça de perguntar pelo
velório de Cunningham.
2 comentários:
Não conhecia este, adorei a resenha. Já vou pôr na lista.
Uma dúvida: Um drink no inferno não era de Quentin Tarantino??
Coloque mesmo na lista! Então, Tarantino "só" escreveu o roteiro, produziu e atuou em "Um drink no inferno"; a direção é do Rodriguez mesmo.
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